105 ANOS DE TRADIÇÕES E GLÓRIAS MIL !

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Um ano de muitos acontecimentos históricos.
Liev Tolstói, que escreveu os romances: Cossacos, Guerra e Paz  e Anna Karenina  e Mark Twain com suas aventuras:Tom Sawyer,  Huckleberry Finn e O Príncipe e o Mendigo, deixaram este mundo e suas obras ficaram eternizadas.
Nasceram, o oceanógrafo francês Jacques Costeaux ,  que estudou e explorou todos os oceanos e vários rios, deixando grandes  descobertas para a humanidade; e Madre Teresa de Calcutá, a Missionária da Caridade.
Milhares de pessoas estavam ansiosas para ver,  e outras estavam em pânico, pois passaria o  “Cometa Halley”  entre o sol e a terra, e alguns diziam que o cometa levava um gás tóxico na cauda, e que este gás poderia matar o ser humano. O cometa passou e ninguém morreu.
Em São Paulo, mais precisamente  no bairro do Bom Retiro, viviam, Joaquim Ambrósio, Carlos da Silva, Antônio Pereira e Anselmo Correia e Rafael Perrone ,eram humildes operários, que tinham como hábito , jogar partidas de futebol,  e sonhavam em montar um time, estavam encantados com as notícias vindas do Rio de Janeiro, pois um time inglês que era conhecido como:
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“Corinthian Team” , estava fazendo alguns amistosos e vencendo todas as equipes cariocas, a imprensa paulista em conjunto com mais três clubes da capital bandeirantes, conseguiram trazer a equipe inglesa para três amistosos, e venceram todos.
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No dia primeiro de setembro , estava passando um compacto dos jogos do Corinthian Team, em um  teatro , e os cinco rapazes foram assistir.
Empolgados com que viram, no mesmo dia se reuniram em uma barbearia, na rua dos italianos no Bom Retiro, e começaram a organizar um time de futebol, as 20h30 debaixo de um lampião de gás, já estavam lavrando a ata de fundação com a colaboração de alguns moradores e fundaram um clube, deixando o nome para ser decidido quatro dias depois, na  casa de Mário Bataglia  que viria a ser o primeiro presidente, e que batizou o clube de:
SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA.
Após sua fundação, o Corinthians jogava os campeonatos de várzea, porém arrastava já multidões em seus jogos, um fenômeno  que ninguém sábia o porquê.
Após um ano na várzea , várias tentativas para filiar-se na Liga  Estadual foram frustradas, pois falatava dinheiro ao Corinthians,  para filiar – se a Liga Estadual.
Certa vez a Liga começou mostrar interesse do público que acompanhava o Corinthians.
Realizou um Torneio com o Corinthians e mais três  equipes para uma seletiva, o campeão faria parte da Liga, e o Corinthians venceu, e a partir de 1913 deixou de ser um time de várzea e passou a ser federado.
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Com apenas um ano federado,  em 1914, o Corinthians conquista de forma invicta seu primeiro título paulista, com 10 jogos e 10 vitórias.
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Os dois primeiros grandes ídolos, do Corinthians, Neco jova como meia e atacante, fazia gols, raçudo e polêmico. Amílcar extremamente técnico que atuava como atacante, ambos foram Campeões em 1914 e Amílcar juntamente  com Neco foram os primeiros corinthianos a serem convocados para a  Seleção Brasileira.
Amílcar teve uma passagem pelo Palestra Italia, e foi um dos primeiros jogadores a jogar na Europa, na Lazio.
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O Corinthians de 1922 a 1930 era temido por seus adversários,  tinha um verdadeiro esquadrão, em 1922 anos o Timão venceu o campeonato do primeiro centenário da Independência do Brasil, e conquistou seu segundo tricampeonato paulista,  nesta época teve grandes ídolos como, o goleiro Tuffy, os defensores Del Debbio e Grané,  e o atacante Filó.
Após perder seus principais jogadores para a Italia,  o Corinthians demorou para se refazer mas nos anos finais da década de 30, conquista seu terceiro tricampeonato, e o alvinegro fica conhecido  como o “Reis das Viradas” e um novo ídolo surge seu nome:
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Teleco,  era um goleador nato, teve a espantosa marca de 251 gols em 246 partidas (média de 1,02 gol por partida), sendo o terceiro maior marcador da história corinthiana até o momento. Foi o artilheiro máximo dos campeonatos paulistas de 1935, 1936, 1937, 1939 e 1941.
A década de 40 foi uma período  de transição para o Corinthians e por quatro vezes venceu a Taça São Paulo (em 1942, 1943, 1947 e 1948) ,  torneio que reunia os três primeiros colocados do ano anterior.
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De 1950 a 1954  Corinthians monta um verdadeiro esquadrão, foi conhecido como os “Anos de Ouro ”
Time Base nestes 4 anos era formado por:
Gilmar (Cabeção / Bino); Homero (Murilo) e Olavo (Belfare / Alan); Idário, Goiano (Touguinha) e Roberto Belangero (Julião); Cláudio, Luizinho, Baltazar, Rafael (Nelsinho / Carbone) e Simão (Mário). Técnicos: Newton Senra (1950-1951), Rato (1951-1954) e Oswaldo Brandão (1954).
Em 1950, ano da disputa da Copa do Mundo de futebol no Brasil, a equipe foi campeã pela primeira vez do Torneio Rio-São Paulo. Em 1951, no Campeonato Paulista, a linha de frente composta por Carbone, Cláudio, Luisinho, Baltazar e Mário marcou 103 gols em 28 partidas.O clube venceria também o título paulista de 1952.
Em 1953, num torneio realizado na Venezuela, o Corinthians conquistou sua primeira competição envolvendo equipes de diferentes continentes, a Pequena Taça do Mundo.
Na ocasião, o Corinthians foi a Caracas, capital venezuelana, e conseguiu seis vitórias consecutivas, contra as equipes da AS Roma, do FC Barcelona e da Seleção de Caracas. Também em 1953 conquistou novamente o Torneio Rio–São Paulo.
Em 1954 o Corinthians recebeu a Taça do IV Centenário  ao conquistar o campeonato estadual. No mesmo ano, alcançaria o bicampeonato do Torneio Rio-São Paulo.
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Grandes ídolos dos Anos de Ouro.
De 1955 a 1976, o Corinthians viveu um grande jejum, nestes anos apenas conquistou o Rio-São Paulo em 1966, o torneio já não tinha o peso das décadas passadas, e um Torneio Governador Laudo Natel  em 1973 vencendo o Palmeiras na final por 2×1.
Alguns diziam que foi a: “Maldição de Pelé “, pois desde que Pelé começou a jogar no Santos, segundo consta a lenda que o Rei do futebol disse:
“Que o Corinthians não ganharia nenhum campeonato, enquanto ele jogasse”.
Isto porque,  por ser corinthiano quando criança, e não conseguindo ir para o Corinthians, jogou está maldição.
Aliás durante este Jejum, uma das poucas alegrias que teve o corinthiano foi quebrar um tabu de 11 anos sem vencer o Santos de Pelé em 1968  por 2×0, gols de Paulo Borges e Flávio.
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Roberto Rivellino, ou o Reizinho do Parque ou Patada Atômica, é considerado por muitos como o maior jogador da história do Corinthians.
Um número 10 autêntico, canhoto, inteligente, grande habilidade, um chute fortíssimo  e fazia grandes lançamentos, era um exímio batedor de faltas.
Rivellino é considerado entre os 20 maiores jogadores da história do futebol mundial, e participou da célebre  Seleção Brasileira de 1970, conquistando a Copa do Mundo no México.
Em 1974, na final do campeonato paulista, o Corinthians foi derrotado por 1X0 pelo Palmeiras no dia 22 de dezembro, a equipe corinthiana além de não fazer uma boa partida, Rivellino seu principal jogador, atuou quase como um volante, saindo de suas características, após esta partida melancolia derrota ,   Rivellino saiu de forma marginalizada  do Parque São Jorge indo para o Fluminense.
Um fato curioso que acontece no Corinthians, muitos de seus ídolos saíram de forma marginalizada do clube.
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Após longos anos de Jejum,  em 1977 no campeonato paulista, depois de uma surpreendente  arrancada com vitórias sobre os times da Portuguesa, Palmeiras e São Paulo, o Timão foi a final contra a Ponte Preta, foram 3 jogos.
Corinthians gol de nariz de Palhinha, o segundo  jogo a Ponte venceu de virada por 2×1 gols de Dicá e Rui Rei, e Waguinho para o Corinthians.
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Dia 13 de outubro de 1977, aos 37 minutos do segundo tempo,depois de uma confusão na área, Wladimir cabeceia para o gol livre, o zagueiro pontepretano Oscar tira a bola, que sobra  para Basílio e faz o gol  da Libertação, da Salvação da Remição.
E quando o jogo acabou, o grito de campeão,  que estava preso nas gargantas de milhões de pessoas, saiam com  lágrimas de profunda alegria.
Foi uma das conquista mais marcantes da história corinthiana, e o gol de Basílio acabou com a “maldição”.
Em 1978, houve uma manobra do folclórico e esperto presidente Vicente Mateus.
Sócrates(médico de formação)  que jogava pelo Botafogo de Ribeirão Preto, estava sendo sondado pelo São Paulo FC,  porém o presidente corinthiano foi mais rápido e comprou seu passe.
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Sócrates  ou “Dr. de  bola”(Sempre tinha uma faixa nos estádios que acompanhava o Corinthians com este título) , era médico e foi um dos grandes ídolos da história do corinthiana.
Jogador de altíssima habilidade técnica, uma visão de jogo que poucos tiveram, inteligente dentro e fora do campo, com Sócrates o Corinthians ganhou 3 títulos paulistas 79/82/83, participou de duas copas e era o capitão de 1982 (Seleção Brasileira que encantou o mundo, mas não venceu a Copa), e 1986.
Sócrates foi o líder da  famosa “Democracia Corinthiana” no início dos anos 80, tendo como aliados os jogadores, Wladimir(jogador que mais jogou com a camisa corinthiana, foram 806 jogos) , Casagrande e Zenon, e contou com o forte apoio do diretor de futebol da época, Adilson Monteiro Alves.
A Democracia  Corinthiana, foi o maior movimento filosófico  da história do futebol brasileiro.
As  decisões importantes como contratações, regras de concentração, liberdade para expressar opiniões políticas e outros temas, eram decididas através do voto igualitário de seus membros, de modo que o voto do técnico, por exemplo, valia tanto quanto o de qualquer funcionário ou jogador.
Isso criou uma espécie de “autogestão” do time, algo revolucionário para o contexto ditatorial em que estava inserido. Depois da saída de Sócrates para a Fiorentina, o movimento perdeu sua força.
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Uma  troca que muitos acharam estranha , Neto que pertencia ao Palmeiras e  Ribamar ao Corinthians, o técnico Leão na época do Palmeiras, aprovou na hora a troca, pois Ribamar tinha sido seu atleta no Sport de Recife, e com Neto não tinha um relacionamento  dos melhores.
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Concretizada a troca, Neto tornou-se   o xodó da fiel, foi o principal jogador do primeiro título brasileiro do alvinegro em 1990.
Era um jogador polêmico, tinha dificuldades em manter o peso, muitas vezes indisciplinado,  mas tinha uma técnica refinada, foi um dos grandes  batedores de falta do futebol brasileiro.
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Em 1994 o Corinthians contratou Marcelinho “Carioca“, foi o jogador que mais conquistou títulos no Corinthians.
Marcelinho foi um magnífico cobrador de faltas, jogador com grande mobilidade em campo, era hábil e com muita estrela, passou por problemas disciplinares no clube, mas é considerado um dos grandes ídolos da história corinthiana.
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Após a o bicampeonato brasileiro 1998/99, no ano de 2000, o Corinthians venceu o primeiro Mundial Interclubes da FIFA, realizado no Brasil, na fase de grupos, o grande adversário do Corinthians foi o Real Madrid, o jogo foi de altíssima qualidade técnica e houve empate por 2X2 no Morumbi , na final o Corinthians venceu o Vasco da Gama por pênaltis.
Os grandes destaques  deste mundial foram:  o goleiro Dida, O e a dupla de volantes  o capitão Rincón e Vampeta.
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Carlos Tevez, argentino, vindo do Boca Junior, foi apresentado em 2005 para a fiel torcida.
Tevez foi Campeão Brasileiro, e o melhor jogador do Brasil em 2005, não só seu futebol encantou a todos os corinthianos, também seu espírito de luta, tinha a alma corinthiana.
E saiu de forma marginalizada do clube e foi envolvido em uma negociação rápida e “estranha” com o West Ham da Inglaterra.
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Após passar pela série B do Brasileiro em 2008 , o Corinthians em 2009 apresenta Ronaldo como reforço, na realidade, o que a diretoria do Corinthians esperava era que Ronaldo fosse somente uma jogada de marketing, porém mesmo fora de suas melhores condições físicas, e se recuperando das várias lesões que já o acompanhava,  surpreendentemente mesmo com todos os problemas físicos foi  o principal jogador, nas conquistas  do Paulista e Copa do Brasil de 2009, realmente  foi um fenômeno.
Assim sendo, além das conquistas seu nome ajudou  internacionalizar  e trouxe grandes patrocínios ao Corinthians.
Tentou jogar mais tempo, mas encerrou sua carreira pelos  problemas físicos, e é está na galeria dos grandes jogadores  que atuaram no clube do Parque São Jorge.
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Vencer a Libertadores era uma obsessão para a torcida corinthiana, a cada Libertadores  que o Corinthians disputava, sempre ficava a desejar, em 2012 o Corinthians de forma invicta venceu o sonhado título, o jogo final foi no Pacaembu, vencendo por 2×0 a equipe do Boca Junior que era algoz dos times brasileiros na Libertadores.
Emerson Sheik, foi um dos jogadores  fundamentais na campanha  corinthiana, e foi quem marcou os dois gols da final.
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No mesmo ano da conquista da Libertadores, em dezembro o Corinthians venceu o Chelsea por 1X0 na final, no estádio de Yokohama no Japão, conquistando seu segundo Mundial Interclubes.
O goleiro Cássio teve uma atuação de gala, e  Paolo Guerrero anotou o gol da vitória.
Ambos foram os grandes jogadores da final.
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Nestes 105 anos de existência, os técnicos Oswaldo Brandão e Tite são os mais vitoriosos da história corinthiana, e os mais respeitados pela torcida.
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O Corinthians,  quase sempre leva seus ídolos do céu ao inferno e vice-versa com tremenda facilidade , mas também não só os craques que foram idolatrados pelo torcedor corinthiano.
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Muitos jogadores com diversas caracteristicas, teve um grande carinho pela fiel, ou por sua técnica ou por sua regularidade em campo, ou por sua garra ou por seu carisma.

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Em 2014 o Corinthians inaugura sua sonhada casa,  sendo o palco para a abertura da Copa de 2014.
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E para finalizar nestes  105 anos de existência do Sport Club Corinthians Paulista, é quase uma unanimidade dizer que, o maior patrimônio que o clube tem;  é sua enorme e apaixonada torcida.
Artur dos Santos Saldanha, definiu o Corinthians como ” não é um time que tem uma torcida, e sim uma torcida que tem um time.”
Na década de 1960, a torcida. corinthiana foi chamada de Fiel, pois mesmo na fase do grande jejum, cresceu o número de torcedores, contrariando todas as pesquisas e estudos:  aquilo  que faz crescer uma torcida são os títulos.
O Corinthians como vimos no início, mesmo na várzea já arrastava multidões.
Fatos históricos marcaram a fiel, quem não se lembra da invasão do Maracanã, em 1976?
E no Japão em 2012?
Menotti del Picchia refirindo-se ao corinthianismo disse:
“O Corinthians é um fenômeno a ser estudado em profundidade.”
Anddy Cappo.
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